O transporte público continua a ser uma das formas mais convenientes e económicas de se deslocar pelas cidades europeias, mas o seu preço varia significativamente consoante o país. Saiba em que países e capitais da Europa, em 2025/2026, viajar é mais barato, onde as tarifas são mais elevadas e como estão a mudar os preços dos bilhetes e dos passes

O custo dos transportes públicos é um dos principais fatores que afetam o conforto de viver ou viajar em qualquer cidade europeia. Para os estudantes, trabalhadores migrantes, turistas e expatriados, o transporte representa muitas vezes uma despesa considerável, e a diferença de tarifas entre países pode surpreender até os viajantes experientes.

Em 2025, a situação tornou-se ainda mais contrastante: enquanto alguns países mantêm tarifas relativamente baixas, outros aumentam constantemente os preços devido à inflação, às melhorias nas infraestruturas e às alterações nos sistemas de financiamento. Reunimos os dados mais recentes, referentes a dezembro de 2025, para mostrar onde os transportes públicos são mais baratos na Europa, quanto custa um passe mensal padrão nas diferentes cidades e porque é que a diferença pode ser tão grande.

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Onde é que o transporte público é mais barato na Europa? 

As tarifas mais acessíveis concentram-se tradicionalmente nos países da Europa Central e Oriental. Nestas regiões, o nível de despesas com as necessidades diárias é mais baixo e as autoridades municipais procuram manter a acessibilidade dos transportes, especialmente para os residentes locais e estudantes.

Bucareste, Roménia

A capital da Roménia ocupa um dos primeiros lugares no ranking da acessibilidade. Um passe mensal integrado para o metro e para o transporte terrestre custa aproximadamente 140 RON, o que equivale a cerca de 28 €. Se utilizar apenas o metro, a tarifa será ainda mais barata: cerca de 100 RON (aproximadamente 20 €). Considerando os preços praticados em toda a Europa, esta é uma das soluções mais vantajosas.

Praga, República Checa

Praga é considerada um exemplo de um dos sistemas de transporte mais eficientes da Europa. Apesar do elevado nível de serviço, as tarifas continuam acessíveis: um passe mensal custa 550 CZK (aproximadamente 22€). Os bilhetes individuais de curta duração também são baratos, e os turistas destacam frequentemente a transparência dos preços e a conveniência dos bilhetes eletrónicos.

Varsóvia, Polónia

A capital polaca mantém tradicionalmente preços acessíveis. Um passe mensal na Zona 1 custa 110 PLN (aproximadamente 22–23€). Para quem se desloca entre zonas ou reside fora do centro, estão também disponíveis opções combinadas.

Budapeste, Hungria

A capital húngara também está entre as cidades com o transporte mais barato. Um passe mensal de Budapeste, a partir de dezembro de 2025, custa cerca de 8.950 HUF (aproximadamente 22€). Além disso, a cidade atualiza regularmente a sua frota de veículos e adapta as tarifas aos diferentes grupos de passageiros.

Sófia, Bulgária

Sófia oferece uma das opções mais acessíveis da UE. Um passe mensal custa entre 42 e 50 BGN, ou cerca de 21–25€. Isto faz da capital búlgara uma das mais baratas para viagens diárias.

Em todas as cidades listadas, os passes mensais custam, na sua maioria, entre 20€ e 30€, o valor mais baixo da União Europeia.

Europa Ocidental e do Norte: Os preços mais elevados para os transportes públicos

Do outro lado do ranking estão os países da Europa Ocidental e do Norte. Aqui, o transporte público é, normalmente, muito mais caro, e em alguns casos, 5 a 10 vezes mais caro.

Alemanha

Nas grandes cidades como Berlim, o custo de um passe mensal para as zonas AB é de cerca de 106,50 €. Um bilhete único custa a partir de € 3,80. Mesmo tendo em conta iniciativas regionais como o Deutschland-Ticket, o custo total das viagens continua a ser elevado.

Londres, Reino Unido

Uma das cidades mais caras da Europa para viagens diárias. Um passe mensal para as zonas 1 e 2 custa cerca de 171,70 libras, o que equivale a 190-200 euros. Considerando os salários britânicos, o preço pode parecer razoável, mas para os turistas e recém-chegados é muitas vezes uma surpresa desagradável.

Porque existe tanta diferença no custo do transporte público?

1. Nível de rendimento e poder de compra

Os países da Europa Central e Oriental têm tradicionalmente salários médios mais baixos, pelo que os transportes são fortemente subsidiados para se manterem acessíveis à maioria da população.

2. Modelo de financiamento dos transportes urbanos

Algumas capitais investem fortemente em melhorias nas infraestruturas, modernização de estações e material circulante. Isto aumenta os custos e as tarifas – Berlim e Londres são exemplos.

3.º Foco na ecologia

Na Escandinávia e em algumas cidades alemãs, a política de transportes visa incentivar as pessoas a abandonar os automóveis. O elevado preço das viagens nestes locais é muitas vezes compensado pela qualidade do serviço, rapidez e respeito pelo ambiente.

Dicas para viajantes

- Se planeia ficar mais de 10 a 14 dias, vale a pena comprar um passe mensal.

- Em muitas cidades, os bilhetes eletrónicos são mais vantajosos do que os bilhetes em papel – instale a aplicação oficial da empresa de transportes.

- Se possível, compare as tarifas para diferentes zonas – por vezes, corrigir a rota pode reduzir significativamente os custos.

O custo dos transportes públicos na Europa varia significativamente: de €15 a €30 nas cidades da Europa Central e Oriental a mais de €100 a €200 nas capitais das partes Ocidental e Setentrional do continente. Estes contrastes são o resultado das condições económicas, do nível de investimento em infraestruturas de transporte e das políticas ambientais de cada país. Por conseguinte, os viajantes devem pesquisar antecipadamente as tarifas e os passes disponíveis para otimizar ao máximo os seus custos de viagem.

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