Expatriados regressam a casa mais cedo do que o planeado: como evitar erros comuns?
A migração para outro país dá-lhe a oportunidade de conhecer uma cultura e um estilo de vida completamente novos, bem como perspectivas de carreira. Saiba mais sobre os problemas mais comuns que podem levar os expatriados a regressar prematuramente a casa e como resolvê-los com calma
À primeira vista, mudar para um novo país é uma viagem emocionante que proporciona experiências fantásticas, dá a conhecer novas pessoas e lugares e deixa memórias agradáveis que durarão toda a vida. No entanto, de acordo com as estatísticas, quase um em cada três expatriados regressa ao país de origem antes do previsto. As razões são definitivamente diferentes para cada um, mas há algumas das mais comuns que levam os estrangeiros a repatriarem-se mais cedo.
Quais são essas razões e que erros devem ser evitados para não acabar em casa antes de o visto expirar? Detalhes em nosso material.
8 problemas que podem fazer com que expatriados voltem para casa antes do tempo e formas de resolvê-los
- Ausência de familiares e amigos. O sentimento de solidão é muito comum entre os expatriados. Muitas vezes, a certa altura, uma pessoa depara-se com o facto de os seus familiares o compreenderem cada vez menos e de os poucos amigos locais que consegue encontrar terem uma mentalidade diferente e nem sempre poderem ajudar um estrangeiro. É difícil substituir o apoio da família, pelo que a vida longe dela se torna muitas vezes insuportável. Pode também querer que os seus filhos cresçam com os avós ou outros familiares, o que facilitará um regresso precoce a casa.
Como decidir? Tente manter-se em contacto com os familiares através da comunicação por vídeo e comunique mais frequentemente através de mensagens. Se possível, convide os seus entes queridos para o visitarem ou visite-os você mesmo nas férias.
- Barreiras linguísticas. Se não dominar a língua do país de destino, poderá ter dificuldade em construir uma carreira, comunicar com novos amigos ou simplesmente viver a sua vida.
Como decidir? Não se esqueça de começar a aprender a língua do país para onde tenciona mudar-se imediatamente após ter tomado a decisão de emigrar. Mesmo que, por exemplo, saber apenas inglês seja suficiente para o seu trabalho, será difícil ir à loja ou encontrar-se com alguém fora do escritório sem saber a língua.
- Preocupações com a saúde. A falta de cuidados médicos adequados no país de acolhimento pode incentivar os expatriados a regressarem ao seu país para receberem o diagnóstico necessário e o nível de tratamento adequado. Além disso, uma emergência ou um diagnóstico grave, se não tiver uma apólice, pode deixá-lo com uma escolha entre os custos exorbitantes do tratamento num hospital internacional ou regressar ao seu país, onde os cuidados médicos serão fortemente subsidiados ou gratuitos.
Como decidir? Pode evitar este problema subscrevendo previamente uma apólice de seguro de doença internacional adaptada às suas necessidades.
- Dificuldades financeiras. Em primeiro lugar, a mudança em si é bastante dispendiosa. Além disso, um erro bastante comum é subestimar o custo de vida num novo país. Alguns expatriados prestam atenção à comida local barata quando analisam os custos, mas depois da mudança consomem produtos importados que custam muito mais. Outros começam a pensar na moeda local, perdendo assim a noção do seu verdadeiro valor.
Em muitos países, os estrangeiros enfrentam dificuldades em mobilar os alojamentos alugados. Muitas vezes, os apartamentos são alugados quase vazios e os expatriados têm de comprar mobiliário e electrodomésticos por sua conta. Dada a necessidade de efetuar um depósito com vários meses de antecedência, este pode tornar-se um elemento de custo significativo. A instabilidade financeira pode obrigar um expatriado a regressar a casa mais cedo do que o previsto.
Como decidir? Antes de se mudar, estude em pormenor o custo de vida no país, analise o seu nível de despesas previstas e o salário que irá receber. É preferível fazer um plano financeiro e cumpri-lo nos primeiros meses.
Para além disso, junte um certo montante de poupanças que será útil em caso de emergência.
- Problemas de aprendizagem das crianças. Após a mudança, pode ser difícil para uma criança adaptar-se a uma nova escola, encontrar amigos na equipa, ultrapassar as barreiras linguísticas e aprender bem as matérias. Para proteger as crianças de um stress excessivo, os pais optam por estudar em escolas internacionais. No entanto, os cursos aqui são geralmente muito caros. As propinas podem facilmente ultrapassar os 25 000 dólares por ano por criança, e os estudantes internacionais têm muitas vezes de pagar propinas internacionais, o que é ainda mais oneroso.
Como decidir? Faça poupanças para a educação dos seus filhos com antecedência ou negoceie com a sua entidade patronal o reembolso das despesas de educação dos seus filhos.
A consulta de um psicólogo ajudará a ultrapassar as dificuldades emocionais da criança.
Além disso, quando planear uma mudança, envie o seu filho para cursos de línguas, para que, à chegada ao país de destino, ele já tenha uma certa base de conhecimentos.
- Pensão não financiada. Muitas vezes, o facto de trabalhar no estrangeiro pode ser a razão para reduzir a pensão ou o seu nível não ser suficiente para a sua vida. Esta perspetiva assusta os expatriados e pode ser um motivo para um regresso prematuro.
Como decidir? Assumir o controlo do seu próprio fundo de reforma é algo que todos temos de fazer no século XXI. É importante fazer uma análise detalhada de quanto dinheiro precisa para financiar a sua reforma de sonho e certificar-se de que está a poupar o suficiente todos os meses.
Também é possível continuar a pagar as contribuições para a segurança social no país de nascimento, para que os descontos para o fundo não parem.
- Dificuldades no tratamento dos documentos. Os problemas com os documentos, as dificuldades na prorrogação da autorização de residência ou as particularidades do sistema fiscal não permitem muitas vezes que um expatriado permaneça num novo país durante muito tempo. Por vezes, isto pode levar a um repatriamento prematuro, pelo que, ao escolher um país para onde se mudar, é importante estudar em pormenor os seus requisitos legais.
Como decidir? Antes de deixar o seu país de origem, certifique-se de que trata de todos os seus documentos, como passaportes válidos, vistos e autorizações de trabalho. Não se esqueça também de verificar as regras e requisitos fiscais. Quanto melhor se preparar, mais pronto estará para enfrentar a sua nova vida no estrangeiro como expatriado.
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- Esgotamento emocional. Uma das dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores que trabalham no estrangeiro é o "esgotamento dos expatriados". As razões podem ser várias: desafios no trabalho, dificuldades em casa, solidão, problemas de relacionamento, etc.
Como decidir? Se se aperceber que está cansado, é melhor tirar umas férias, visitar as atracções turísticas de um novo país, tentar compreender a cultura e conhecer melhor a população local. O apoio de familiares ou a consulta de um especialista também serão importantes.
Mudar para um novo país pode ser um novo capítulo na sua vida e na sua carreira, mas é importante preparar-se para todos os riscos possíveis, de modo a não regressar a casa antes do fim do contrato.
Daria Rogova, Directora de Seguros da Visit World
Para se mudar, viajar ou trabalhar em segurança num novo país, precisa de um seguro de viagem. Pode solicitar uma apólice alargada no nosso sítio Web aqui.
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