As leis de cidadania e residência em Portugal vão mudar em 2025: o que devem saber os expatriados
Índice
- Alterações à Lei da Cidadania Portuguesa: Um Caminho Mais Longo para a Naturalização
- A quem se aplicam as novas regras de cidadania?
- Quando entrarão em vigor as novas regras de cidadania?
- Alterações à Lei de Residência de Portugal: Regras mais Rígidas para Vistos e Família
- Como as Novas Regras Afetam os Expatriados e os Titulares de Vistos
- Portugal continua a ser um dos principais destinos para expatriados
Portugal vai atualizar as suas leis de cidadania e residência em 2025. Saiba o que está a mudar, quem se pode candidatar e como as novas regras afetam os expatriados, os investidores e aqueles que planeiam mudar-se para Portugal
Portugal está a concluir 2025 com uma das mais significativas revisões do seu sistema de imigração dos últimos anos. A liderança do país está a implementar ativamente alterações a dois diplomas legislativos fundamentais – um que revê a Lei da Nacionalidade Portuguesa e o outro que atualiza a Lei da Residência e da Imigração. Em conjunto, estas reformas visam reforçar os procedimentos migratórios, alinhá-los com as normas europeias e reforçar a supervisão do número crescente de estrangeiros residentes em Portugal.
As mudanças surgem numa altura em que Portugal continua a ser um dos principais destinos europeus para expatriados e nómadas digitais. Com mais de 1,6 milhões de residentes estrangeiros – cerca de 15% da população do país – o governo procura equilibrar a abertura a profissionais qualificados com a necessidade de regular a imigração a longo prazo.
Embora as reformas introduzam novas restrições e caminhos mais longos para a cidadania, também esclarecem muitas áreas cinzentas que anteriormente causavam confusão entre os requerentes. Perceber o que está a mudar – e quando – é essencial para quem planeia mudar-se ou permanecer em Portugal em 2025.
Alterações à Lei da Cidadania Portuguesa: Um Caminho Mais Longo para a Naturalização
Após debates parlamentares, o governo português aprovou a versão final das alterações à Lei da Cidadania (Lei n.º 37/81), clarificando o processo de naturalização e introduzindo novos critérios de elegibilidade para os requerentes. As principais alterações incluem:
Requisito de Residência Alargado para a Cidadania Portuguesa
Para requerer a cidadania portuguesa, os estrangeiros devem comprovar a residência legal no país por:
- 7 anos para cidadãos da UE e dos países lusófonos (Brasil, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste);
- 10 anos para todos os outros requerentes.
Requisitos Adicionais para a Obtenção da Cidadania Portuguesa
- Prova obrigatória do conhecimento da língua, cultura, história e estrutura governativa portuguesas.
- Introdução de uma declaração de fidelidade aos princípios democráticos.
- Restrições contínuas para indivíduos com condenações criminais superiores a dois anos ou aqueles sob sanções da ONU ou da UE.
- Possibilidade de combinar vários períodos de residência legal ao longo do período de 10 anos.
- O período de residência é agora contado a partir da emissão do cartão de residência, e não a partir da data do pedido.
A quem se aplicam as novas regras de cidadania?
A lei refere explicitamente que estas novas regras se aplicarão apenas a pedidos futuros. Todos os pedidos de cidadania apresentados anteriormente continuarão a ser processados de acordo com a regulamentação antiga, sem período de transição.
Quando entrarão em vigor as novas regras de cidadania?
Após a votação final parlamentar de 28 de outubro, o projeto de lei será enviado ao Presidente da República para aprovação ou veto. Após a publicação em Diário da República, entrará em vigor no dia seguinte.
Alterações à Lei de Residência de Portugal: Regras mais Rígidas para Vistos e Família
Para além das reformas na lei da nacionalidade, Portugal atualizou também a sua Lei de Residência e Imigração, ratificada pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa em outubro de 2025. Estas alterações introduzem regras mais rigorosas para vistos, reagrupamento familiar e autorizações de residência, afetando tanto os recém-chegados como os residentes atuais.
1. O visto de procura de emprego estará agora apenas disponível para profissionais altamente qualificados em setores específicos.
2.º Os imigrantes dos países da CPLP deixarão de poder converter os vistos de turismo em autorizações de residência.
3.º Os dependentes que pretendam reagrupamento familiar em Portugal só poderão requerer o visto após o requerente principal ter residido no país durante pelo menos dois anos.
4.º Os casais que vivam juntos há pelo menos 18 meses devem comprovar 15 meses de residência legal e podem aguardar até nove meses por uma decisão da Agência para a Integração, Migração e Asilo (AIMA) sobre o reagrupamento familiar. O reagrupamento imediato continua a ser possível para casais com filhos menores ou para titulares de um visto D3 (trabalhador altamente qualificado) ou do Visto Gold Português.
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Como as Novas Regras Afetam os Expatriados e os Titulares de Vistos
As alterações combinadas às leis de cidadania e residência de Portugal terão um impacto significativo nos expatriados, investidores e titulares de vistos. Para aqueles que possuem ou planeiam solicitar um Visto Gold, visto D7 ou Visto de Nómada Digital, o caminho para a cidadania portuguesa será mais longo e estruturado. Enquanto o requisito anterior de residência de cinco anos permitia uma naturalização relativamente rápida, a maioria dos candidatos enfrentará agora um período de residência de 9 a 13 anos antes de se tornar elegível para a cidadania, considerando o tempo necessário para obter um cartão de residência e cumprir as novas condições.
Portugal continua a ser um dos principais destinos para expatriados
Mesmo com regras mais apertadas, Portugal continua a atrair expatriados de todo o mundo. O país oferece uma combinação de clima, segurança, saúde, educação e oportunidades culturais que poucos outros países da UE conseguem igualar. Ao contrário de Espanha, que também exige 10 anos de residência, mas não reconhece a dupla cidadania, Portugal permite que os estrangeiros mantenham a sua cidadania original enquanto adquirem a nacionalidade portuguesa. Os percursos de visto disponíveis continuam a ser atrativos:
- Visto D7: Adequado para reformados ou indivíduos com rendimentos passivos.
- Visto de Nómada Digital: Ideal para trabalhadores remotos e freelancers.
- Visto Gold: Ainda disponível, oferecendo residência por investimento, embora o prazo para a cidadania tenha sido alargado.
As reformas de 2025 em Portugal marcam uma mudança fundamental nos processos de cidadania e de residência. Embora o caminho para a cidadania se tenha tornado mais longo e as regras de reunificação familiar se tenham tornado mais rígidas, Portugal continua a ser um dos destinos mais desejados da Europa para expatriados, reformados, nómadas digitais e investidores.
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Perguntas
mais frequentes
Quando entrarão em vigor as novas regras de cidadania e residência em Portugal?
Estas alterações afetarão os atuais pedidos de cidadania ou de residência?
Os estrangeiros residentes ainda podem solicitar dupla cidadania em Portugal?
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